terça-feira, 13 de julho de 2010

Espaço Curvo e Finito

Oculta consciência de não ser,
Ou de ser num estar que me transcende,
Numa rede de presenças
E ausências,
Numa fuga para o ponto de partida:
Um perto que é tão longe,
Um longe aqui.
Uma ânsia de estar e de temer
A semente que de ser se surpreende,
As pedras que repetem as cadências
Da onda sempre nova e repetida
Que neste espaço curvo vem de ti.

José Saramago

2 comentários:

Ana Cleia disse...

Lindo poema.
Cadê seu texto?
estou esperando urgente
bjos

Jaliade disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

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